Pessoas que usam laxantes logo percebem que não existe nenhum tipo de ganho com essa situação. Quando usam o laxante, esperam um resultado imediato e positivo ( que seria a “eliminação” do que se comeu, ou perder peso), entretanto o que ocorre é exatamente o oposto. Os sintomas mais comuns do abuso de laxantes são uma sensação de peso, de retenção e inchaço. Como sabemos que os laxantes são extremamente prejudiciais, a melhor decisão é: PARAR DE TOMÁ-LOS.
A seguir algumas dicas que podem ajudar a abandonar esse habito prejudicial :
- Pare de utilizar laxantes, e não utilize nenhuma quantidade, a menos que seu médico a instrua a fazê-lo. Lembre que os laxantes do tipo estimulante são especialmente prejudiciais ao corpo.
- Beba no mínimo 6 a 10 copos de água (outros tipos de bebidas, só descafeinadas, porque a cafeína age como um diurético, promovendo a perda de líquidos) por dia. Restringir o consumo líquido leva a desidratação e piora a constipação (“intestino preso”, “prisão de ventre”).
- Inclua alguma atividade física regular no seu planejamento diário, o que ajuda a regularizar a sua função intestinal, embora você deva discutir a intensidade e duração do exercício com o seu médico ( especialmente para quem sofra de algum tipo de distúrbio alimentar). Exercício demasiado ou muito intenso pode piorar a constipação, devido aos efeitos no metabolismo e na perda liquida.
- Coma regularmente. É importante que você distribua a quantidade de alimento recomendada à você em seu planejamento diário de alimentação, através, ao menos de 3 refeições ao dia, e, não se esqueça de comer estas refeições em intervalos regulares.
- Coma mais alimentos que promovam movimentos intestinais. O planejamento dietético mais saudável para promover a função normal do intestino deve conter: pães e cereais integrais, e o farelo ou alimentos mais o grão integral do trigo com o farelo do trigo adicionado. Esta aproximação dietética deve ser feita em combinação com uma ingestão líquida. Os vegetais e as frutas também contribuem para regularizar a função normal do intestino. As ameixas secas e o suco da ameixa seca não são recomendados porque o ingrediente nas ameixas secas que promove movimentos intestinais é um laxativo realmente irritante, e o uso a longo prazo das ameixas secas e do suco da ameixa seca pode resultar no mesmo problema que o uso a longo prazo dos laxantes.
- Escreva a freqüência com que você vai ao banheiro em uma folha de papel. Se você ficar constipada por mais de 3 dias, contate seu médico ou nutricionista.
O que esperar quando você retira os laxantes ?
Não há nenhuma maneira de predizer exatamente como o fato de parar de tomar laxantes o afetará. Um exemplo: a quantidade ou o período de tempo em que os laxantes foram usados não são um indicador de como intensos os sintomas da retirada serão. A melhor maneira de diminuir os efeitos desagradáveis da retirada dos laxantes deve ser preparar-se para estes efeitos e desenvolver um “plano de ação” para lidar com isso, caso os efeitos laterais desagradáveis ocorram.
Os efeitos laterais mais comuns da retirada dos laxantes são:
- Constipação do Intestino ( prisão de ventre)
- Retenção de líquido
- Sensação de estômago inchado
- Ganho provisório de peso
Ao ler a lista acima, você pode ver que a retirada dos laxantes é especialmente difícil para pessoas com distúrbios alimentares. Para quem já é altamente afetado por uma sensação de “sentir-se constantemente gordo”, os sintomas referentes à retirada dos laxantes só pioram esse sentimento.Para ajudar-lhe a começar com o processo de retirada dos laxantes, é essencial lembrar que todo o ganho de peso associado com a retirada dos laxantes é apenas provisório.
Os sintomas da retirada dos laxantes não conduzem a um ganho permanente do peso
Quanto tempo a retirada dos laxantes durará?
Isto varia muito. Algumas pessoas têm estes sintomas por 2 dias; algumas outras podem tê-los por 2 a 3 meses. A maioria das pessoas apresentam os sintomas de abuso dos laxantes por 1 a 3 semanas após ter parado.
Autoria do texto:
Valéria Lemos Palazzo – Psicóloga e Neuropsicóloga
Idealizadora, Criadora e Coordenadora do GATDA – Grupo de Apoio e Tratamento dos Distúrbios Alimentares, da Ansiedade e de Humor